Pedagoga Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional

Sou graduada em Pedagogia e Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional. Sempre fui apaixonada pelos estudos que envolvem a aprendizagem humana. Nos últimos anos tenho aprofundado meus estudos no que se refere ao processo de aprendizagem de crianças de 6 a 10 anos. Neste Blog vocês encontrarão novidades e dicas de como ajudar as crianças que apresentam dificuldades de aprendizado. Estou à disposição através de meu e-mail para esclarecer as dúvidas que por ventura vocês possam ter.

sábado, 5 de novembro de 2011

SÍNDROME DE MUNCHAUSEN

A síndrome

A síndrome de Munchausen é uma doença psiquiátrica em que o paciente, de forma compulsiva, deliberada e contínua, causa, provoca ou simula sintomas de doenças, sem que haja uma vantagem óbvia para tal atitude que não seja a de obter cuidados médicos e de enfermagem.

A síndrome de Munchausen "by proxi" (por procuração) ocorre quando um parente, quase sempre a mãe (85 a 95%), de forma persistentemente ou intermitentemente produz (fabrica, simula, inventa), de forma intencional, sintomas em seu filho, fazendo que este seja considerado doente, ou provocando ativamente a doença, colocando-a em risco e numa situação que requeira investigação e tratamento.

Às vezes existe por parte da mãe o objetivo de obter alguma vantagem para ela, por exemplo, conseguir atenção do marido para ela e a criança ou se afastar de uma casa conturbada pela violência. Nas formas clássicas, entretanto, a atitude de simular/produzir a doença não tem nenhum objetivo lógico, parecendo ser uma necessidade intrínseca ou compulsiva de assumir o papel de doente (no by self) ou da pessoa que cuida de um doente (by proxy). O comportamento é considerado como compulsivos, no sentido de que a pessoa é incapaz de abster-se desse comportamento mesmo quando conhecedora ou advertida de seus riscos. Apesar de compulsivos os atos são voluntários, conscientes, intencionais e premeditados. O comportamento que é voluntário seria utilizado para se conseguir um objetivo que é involuntário e compulsivo. A doença é considerada uma grave perturbação da personalidade, de tratamento difícil e prognóstico reservado. Estes atos são descritos nos tratados de psiquiatria como distúrbios factícios.

A síndrome de Münchausen por procuração é uma forma de abuso infantil. Além da forma clássica em que uma ou mais doenças são simuladas, existem duas outras formas de Munchausen: as formas toxicológicas e as por asfixia em que o filho é repetidamente intoxicado com alguma substância (medicamentos, plantas etc) ou asfixiado até quase a morte.

Frequentemente, quando o caso é diagnosticado ou suspeitado, descobre-se que havia uma história com anos de evolução e os eventos, apesar de grosseiros, não foram considerados quanto a possibilidade de abuso infantil. Quando existem outros filhos, em 42% dos casos um outro filho também já sofreu o abuso (McCLURE et al, 1996). É importante não confundir simulação (como a doença simulada para se obter afastamento do trabalho, aposentar-se por invalidez, receber um seguro ou não se engajar no serviço militar). Alguns adolescentes apresentam quadro de Munchausen by self muito similares aos apresentados por adultos.

A doença pode ser considerada uma forma de abuso infantil e pode haver superposição com outras formas de abuso infantil. À medida que a criança se torna maior há uma tendência de que ela passe a participar da fraude e a partir da adolescência se tornarem portadores da síndrome de Münchausen clássica típica em que os sintomas são inventados, simulados ou produzidos nela mesma. Ao contrário do abuso e violência clássica contra crianças as mães portadoras da síndrome de Münchausen by proxy não são violentas nem negligentes com os filhos.

O problema, descrito a primeira vez por Meadow em 1977, é pouco conhecido pelos médicos e sua abordagem é complexa e deve envolver o médico e enfermagem, especialistas na doença simulada, psiquiatras/psicólogos, assistentes sociais e, mais tarde, advogado e diretor clínico do hospital e profissionais de proteção da criança agredida (Conselhos Tutelares e juízes da infância).

sábado, 30 de abril de 2011

Síndrome de Williams

Características

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A Sindrome de Williams é uma rara desordem genética frequentemente não diagnosticada. Não é transmitida geneticamente. Não tem causas ambientais, médicas ou influência de fatores psicossocias. Tem impacto sobre diversas áreas do desenvolvimento, incluindo a cognitiva, comportamental e motora. Estimasse que 1 em cada 20.000 crianças nasçam com SW. Foi descrita pela primeira vez em 1960 por um médico neozelandes, Dr. J. C. P. Williams, quando verificou que um grupo de pacientes pediátricos possuiam sintomas parecidos, problemas cardiovasculares, rostos com características semelhantes, atraso mental moderado, dificuldade para ler, escrever e efetuar operações matemáticas. Alguns possuiam extraordinário talento musical com alta noção de ritmo. Afeta tanto homens como mulheres. Podem ocorrer em qualquer lugar do mundo e em qualquer grupo étnico. A maioria das crianças tem grandes dificuldades de alimentação no primeiro ano de vida, incluindo vômitos, recusa de alimentação, podem mostrar grande irritação e chorar excessivamente. Geralmente apresentam uma face característica (descrita como a de um duende): nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios cheio, dentes pequenos, sorriso freqüente.

Podemos encontrar problemas médicos freqüentes como cardíacos, renais e odontológicos. São crianças que precisam urinar com grande freqüencia. Tem problemas de coordenação e equilíbrio e são freqüentemete mais pequenos comparados a alturas de seus pais, no entanto, e geralmente, encontram-se dentro do intervalo normal para a sua idade. As crianças com SW geralmente apresentam um atraso psicomotor mas as suas dificuldades de aprendizagem podem variar entre "handicap"mental ligeiro e severo. Podemos verificar nestes indivíduos um padrão distinto de competências e características comportamentais e de personalidades bastante particulares. De uma maneira geral, ás crianças são muito sociáveis e comunicativas desde a infância embora de uma maneira não-verbal: utilizam as expressões faciais, o contato visual e, eventualmente gestos para comunicar. Começam a falar mais tarde do que o esperado e mostram uma grande variedade no desenvolvimento da linguagem. Começam a utilizar palavras simples e algumas frases, geralmente, por volta dos 18 meses.

Mostram grandes facilidades em aprender canções e rimas infantis, revelando uma boa memória auditiva e sensibilidade musical. No que diz respeito ao desenvolvimento motor, as crianças começam a andar geralmente mais tarde do que o esperado e têm dificuldades motoras (motricidade grosseira e fina) e da coordenação oculo-manual. Assim, podem levar mais tempo para aprender a sentar e a andar e mostram dificuldades em tarefas como andar de bicicletas, abotoar, utilizar tesouras e segurar o lápis. Têm dificuldades na orientação espaço-temporal, na avaliação de distâncias e direções e em tarefas que incluem processamento visual.

Características comportamentais e da personalidade

Algumas características de personalidade são particularmente comuns nas crianças portadoras de SW: grande sociabilidade; entusiasmo exuberante; grande sensibilidade com as emoções alheias; sentem-se excessivamente a vontade com estranhos; pequeno intervalo de atenção; memória excelente para pessoas, nomes e locais; grande sensibilidade aos sons e ansiedade (especialmente com acontecimentos futuros); medo de alturas, escadas e superfícies irregulares como a areia, tapetes e a relva; preocupação excessiva com determinados assuntos ou objetos. Embora muitas crianças com SW sejam excessivamente amigas com adultos e procuram a companhia destes, podem ao mesmo tempo mostrar dificuldade em fazer e manter amizades com pares da sua idade. As crianças e os adultos com SW são freqüentemente descritos como tendo personalidade ansiosas e com preocupação excessiva sobre a sua pessoa e os outros. Têm freqüentemente problemas de sono e de controle do esfíncter. Muitas são hipersensíveis a uma variedade de sons, como bater palmas ou riso alto, batedeiras, liqüidificadores, máquinas de lavar domésticas, podem mostrar ansiedade e medo quando ouvem ou antecipam estes sons. É claro que todas as crianças são diferentes e nem todas as crianças com SW mostram todas as caracteríticas aqui descritas, e nem com a mesma gravidade. Por isso o acompanhamento de um bom profissional é importante para o melhor desenvolvimento dela em toda sua fase de crescimento e idade adulta também.

 

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ACESSIBILIDADE NA INFORMÁTICA

O que é?
  
A expressão “acessibilidade”, presente em diversas áreas de atividade, tem também na informática um importante significado.

Representa para o nosso usuário não só o direito de acessar a rede de informações, mas também o direito de eliminação de barreiras arquitetônicas, de disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos.

Não é fácil, a princípio, avaliar a importância dessa temática associada à concepção de páginas para a web. Mas os dados W3C (Consórcio para a WEB) e WAI (Iniciativa para a Acessibilidade na Rede) apontam situações e características diversas que o usuário pode apresentar:

1. Incapacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, ou grande dificuldade - quando não a impossibilidade - de interpretar certos tipos de informação.

2. Dificuldade visual para ler ou compreender textos.

3. Incapacidade para usar o teclado ou o mouse, ou não dispor deles.

4. Insuficiência de quadros, apresentando apenas texto ou dimensões reduzidas, ou uma ligação muito lenta à Internet.

5. Dificuldade para falar ou compreender, fluentemente, a língua em que o documento foi escrito.

6. Ocupação dos olhos, ouvidos ou mãos, por exemplo, ao volante a caminho do emprego, ou no trabalho em ambiente barulhento.

7. Desatualização, pelo uso de navegador com versão muito antiga, ou navegador completamente diferente dos habituais, ou por voz ou sistema operacional menos difundido.


Essas diferentes situações e características precisam ser levadas em conta pelos criadores de conteúdo durante a concepção de uma página.

Para ser realmente potencializador da acessibilidade, cada projeto de página deve proporcionar respostas simultâneas a vários grupos de incapacidade ou deficiência e, por extensão, ao universo de usuários da web.

Os autores de páginas em HTML obtêm um maior domínio sobre as páginas criadas, por exemplo, com a utilização e divisão de folhas de estilo para controle de tipos de letra, e eliminação do elemento FONT.

Assim, além de torná-las mais acessíveis a pessoas com problemas de visão, reduzem seu tempo de transferência, em benefício da totalidade dos usuários.

Saiba mais: http://www.acessobrasil.org.br/

terça-feira, 12 de abril de 2011

DISCALCULIA

O que é?

Conforme Araujo (2006, [s.p]) “A palavra discalculia vem do grego (dis, mal) e do latin (calculare, contar) formando: contando mal. Essa palavra por calculare vem, por sua vez, de cálculo, que significa o seixo ou um dos contadores em um ábaco”.
A discalculia é um distúrbio que dificulta a aprendizagem, pois impede que o indivíduo compreenda os processos matemáticos, mesmo que ela tenha um QI normal ou acima do normal.
De acordo com Belleboni (apud: GARCIA, 1998), a discalculia é uma dificuldade de aprendizagem evolutiva, que não causa lesão e que não é causada por nenhuma deficiência mental, défictis auditivos e nem pela má escolarização.
As crianças que apresentam esse tipo de dificuldade realmente não conseguem entender o que está sendo pedido nos problemas propostos pela professora. Não conseguem descobrir a operação pedida no problema: somar, diminuir, multiplicar ou dividir. Além disso, é muito difícil para elas entenderem as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho. E isso algumas vezes é entendido pelos pais e professores como preguiça.
A criança não se interessa pela atividade pelo simples fato de não compreendê-la. “A discalculia apresenta-se como uma imaturidade das funções neurológicas ou uma disfunção sem lesão.” (BOMBONATTO, 2006, [s.p])



Saiba mais:
http://discalculicos.blogspot.com

 

 

sexta-feira, 18 de março de 2011

Como Estimular a Resiliência Infantil

Definição de Resiliência

Estudiosos norte-americanos escreveram um livro, sobre como educar os filhos de uma maneira, que eles possam enfrentar seus problemas sozinhos durante toda sua vida. Estimular a resiliência das crianças,estando ao mesmo tempo, sempre presente na educação da criança é uma atitude indicada por todos os profissionais, da área de educação infantil. A palavra resiliência pode ser definida literalmente, como a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar a posição que tinham anteriormente, depois se se submeterm a algum processo de deformação. A psicologia utiliza esse termo, para valorizar a capacidade das pessoas de enfrentarem seus problemas, superá-los, resistindo às situações estressantes ou adversas. Porém alguns pais que superprotegem seus filhos, poupando-os de problemas ao invés de ensiná-los a enfrentá-los, acabam contribuindo para a formação de adultos fracos e inseguros, quando tem de lidar sozinhos com suas dificuldades.

Como Estimular a Resiliência Infantil

Dando Suporte a Independência dos Filhos

Especialistas construíram um guia de orientação aos pais,para que promovam a independência assistida dos filhos, explicando as crianças que seus pais os amam incondicionalmente, porém não podem evitar que eles enfrentem dificuldades ou situações estressantes. Algumas técnicas foram elaboradas para ajudá-los a prepararem a criança para a vida, dentre algumas: Estabelecimento de Confiança, através do reconhecimento sempre que o filho fizer uma tarefa bem feita; Competência, auxiliando as crinças a descobrirem seus talentos, incentivando decisões e reconhecendo suas competências,sem comparações; Caráter, através da demonstração da importância de se viver em sociedade, evitando comentários preconceituosos;Contribuição, criando oportunidades, para que as crianças contribuam de alguma forma com pessoas necessitadas; Estímulo a Competição Positiva,demonstrando modos de competição na vida do filho,e entendendo que eles necessitam passar por dificuldades para aprenderem a lidar com elas; Controle de situações, ensinando às crianças que a maioria dos acontecimentos serão resultados de suas escolhas e atitudes.

Jogos

Participação da Família no Processo

Quando há uma estrutura familiar saudável, o estímulo a resiliência se dá de maneira mais fácil, pois a educação se baseia naturalmente na aprendizagem do respeito às regras, e do enfrentamento das adversidades. Desde a tenra idade, a criança é naturalmente ansiosa, pois demora um pouco a aprender que terá uma pessoa, que irá suprir suas demandas. Por volta do quinto mês de vida, o bebê já entende que pode conseguir o que deseja, mas terá que esperar em alguns momentos, sendo nesse período que a criança irá desenvolver a capacidade de resiliência. Os especialistas ressaltam que os pais devem servir como modelos, demonstrando confiança, integridade e boa autoestima, uma vez que são responsáveis, em transformar seus filhos em adultos, apoiando o que eles sentem e não diminuindo seus medos. Quando por exemplo, a criança tem medo do escuro, os pais devem compreender esse sentimento, contar que também tem esse medo,e que estará lá para apoiá-la. Essa atitude, faz com que a criança se sinta segura para expressar suas emoções e enfrentar seus medos.

Dinamicas

Orientações dos Profissionais

Os especialistas orientam que existe algumas situações cotidianas, em que os pais podem estimular a resiliência dos filhos, como por exemplo os jogos familiares. Não há vantagem em fazer com que as crianças ganhem sempre, criando a falsa impressão de que não se perde nada na vida. A convivência com as frustações é essencial para o crescimento do ser humano. Por isso é importante explicar ao filho, que ele não vai poder ter sempre tudo que quer, mostrando-lhe a importância de se fazer escolhas. A criação da resiliência é um trabalho que é construído dia após dia, para que surta o efeito desejado.

Texto de Salete Dias (http://saude.culturamix.com/comportamento/como-estimular-a-resiliencia-infantil)